Aqui, onde todas as ideias vagueiam sem nunca se tocarem, sem nunca se conhecerem.
Aqui, onde a concentração se cruza com a ansiedade, traduzida num arrastar impaciente de cadeiras.
Aqui, onde pessoas se juntam mas raramente se falam.
Aqui, onde o poder das letras, dos números e símbolos ganham forma.
Aqui, onde o som dos passos não é mais do que um ruído de fundo.
Aqui, onde a banda sonora de cada um é segredo.
Aqui, onde me sento, me concentro e me deixo levar pela coordenação melódica da sinfonia da cadeira a arrastar, da folha a virar, do tossir de alguém, dos passos do outro lado...
E eis que alguém sorri mais alto.
Chhhiu! Respeite e faça respeitar o silêncio!