quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Estás por todo o lado


Estás por todo o lado e eu não te consigo expulsar. Estás aqui, a toda a hora, e eu não te consigo expulsar. Estás na mesa de cabeceira, naquele livro que deixei a meio por estares lá dentro. Estás na gaveta da secretária por entre papéis e lembranças. Estás nas músicas, nos filmes, na televisão... Invades as minhas noites, acordas-me e desapareces. Até do meu cérebro tomaste conta, agora digo o teu nome sem o querer fazer. Estás por todo o lado e eu não te consigo expulsar. Tenho deixado a porta sempre aberta e tu vais entrando, assim, de mansinho e eu lá te vou deixando ficar até quereres partir novamente. Deixo-a aberta e quando sais ficas entranhado no meu espaço. Deixo-a aberta e tu nem te despedes antes de ir embora. Ultimamente tenho-a deixado encostada, reparaste? Hoje vou fechá-la. De que serve manter a porta aberta para alguém que não quer entrar e ficar? De que serve manter a porta aberta para quem procura uma outra? Hoje vou fechá-la, porque mais vale sofrer por não ter do que ter e não ter. Estás por todo o lado e eu não te consigo expulsar. Hoje vou fechar a porta e deixar que o vento areje o meu espaço. Hoje vou fechar a porta e deitar a chave fora.  

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Let it go...



"It’s one of those things people say. ‘You can’t move on until you let go of the past.’ Letting go is the easy part, it’s the moving on that’s painful. So sometimes we fight it, trying to keep things the same. Things can’t stay the same though. At some point you just have to let it go. Move on. Because no matter how painful it is, it’s the only way we grow." Grey's Anatomy