sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Queria poder falar-te

Queria poder falar-te...dos meus segredos, dos meus mistérios, dos meus recantos escondidos...

Queria poder falar-te do meu dia, do café entornado, da manhã mal passada...

Queria poder falar-te daquele olhar, daquele gesto, daquele sorriso...

Queria poder falar-te daquele problema, daquela confusão, daquele desespero, daquela desilusão...

Queria apenas poder ter-te aqui, apenas poder ver-te, apenas poder sorrir-te, poder abraçar-te...apenas poder falar-te dos meus segredos, do meu dia, do meu problema...







Mas tu não estás aqui.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Estilhaços


estilhaços é um espectáculo sobre o que insistentemente invade o campo do visível e se furta ao olhar de quem o quer ver: o acontecimento da violência, em espaço doméstico, familiar, privado, íntimo.

Como nasce um gesto que violenta o outro? Como se desenha, como se constrói, como evolui, como acaba, como renasce? Por uma palavra, por um silêncio, por um objecto, por um olhar, por uma presença, por uma ausência, por um sopro, um ruído, uma respiração? Onde actua esse gesto? Onde se inscreve? No corpo e na pele que define? Ou mais além do corpo e da própria pele? Na cabeça, no coração?

A violência doméstica é um rasgão que estilhaça quem nela se vê envolvido e na sua prisão se vê acorrentado. Sem mordaças, nem amarras que circulam no mundo. Na casa. No corpo.
(...)


ESTILHAÇOS, no âmbito do Dia Internacional para Eliminação da Violência Contra a Mulher
24 e 25 de Novembro TAGV

Criação colectiva da Cooperativa Bonifrates
direcção, encenação e dramaturgia João Maria André


Vale a pena ver e parar para pensar sobre de que é feito o Homem.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Debaixo dos caracóis dos MEUS cabelos



Um dia a areia branca
Teus pés irão tocar
E vai molhar seus cabelos
A água azul do mar

Janelas e portas vão se abrir
Pra ver você chegar
E ao se sentir em casa
Sorrindo vai chorar

Debaixo dos caracóis dos seus cabelos
Uma história pra contar
De um mundo tão distante
Debaixo dos caracóis dos seus cabelos
Um soluço e a vontade
De ficar mais um instante

As luzes e o colorido
Que você vê agora
Nas ruas por onde anda
Na casa onde mora

Você olha tudo e nada
Lhe faz ficar contente
Você só deseja agora
Voltar pra sua gente

Debaixo dos caracóis dos seus cabelos
Uma história pra contar
De um mundo tão distante
Debaixo dos caracóis dos seus cabelos
Um soluço e a vontade
De ficar mais um instante

Você anda pela tarde
E o seu olhar tristonho
Deixa sangrar no peito
Uma saudade, um sonho

Um dia vou ver você
Chegando num sorriso
Pisando a areia branca
Que é seu paraíso

Debaixo dos caracóis dos seus cabelos
Uma história pra contar
De um mundo tão distante
Debaixo dos caracóis dos seus cabelos
Um soluço e a vontade
De ficar mais um instante

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Há dias em que o sol não sai à rua.