segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Hoje não!




















Hoje não quero que partas.


Hoje não quero que adoeças.


Hoje não quero que chores.


Hoje não!

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Amor...




...Preciso de uma lufada de ar fresco...

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

O que há em mim é sobretudo cansaço

O que há em mim é sobretudo cansaço
Não disto ou daquilo
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço.

A subtileza das sensações inúteis,
As paixões violentas por coisa nenhuma,
Os amores intensos por um suposto alguém.
Essas coisas todas -
Essas e o que faz falta nelas eternamente -;
Tudo isso faz um cansaço,
Este cansaço,
Cansaço.

Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada -
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque eu quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...

E o resultado?
Para eles a vida vivida ou sonhada,
Para eles o sonho sonhado ou vivido,
Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto...
Para mim só um grande, um profundo,
E, ah! Com que felicidade infecundo, cansaço,
Um supremíssimo cansaço.
Íssimo, íssimo, íssimo,
Cansaço...




Álvaro de Campos

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Queria poder falar-te

Queria poder falar-te...dos meus segredos, dos meus mistérios, dos meus recantos escondidos...

Queria poder falar-te do meu dia, do café entornado, da manhã mal passada...

Queria poder falar-te daquele olhar, daquele gesto, daquele sorriso...

Queria poder falar-te daquele problema, daquela confusão, daquele desespero, daquela desilusão...

Queria apenas poder ter-te aqui, apenas poder ver-te, apenas poder sorrir-te, poder abraçar-te...apenas poder falar-te dos meus segredos, do meu dia, do meu problema...







Mas tu não estás aqui.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Estilhaços


estilhaços é um espectáculo sobre o que insistentemente invade o campo do visível e se furta ao olhar de quem o quer ver: o acontecimento da violência, em espaço doméstico, familiar, privado, íntimo.

Como nasce um gesto que violenta o outro? Como se desenha, como se constrói, como evolui, como acaba, como renasce? Por uma palavra, por um silêncio, por um objecto, por um olhar, por uma presença, por uma ausência, por um sopro, um ruído, uma respiração? Onde actua esse gesto? Onde se inscreve? No corpo e na pele que define? Ou mais além do corpo e da própria pele? Na cabeça, no coração?

A violência doméstica é um rasgão que estilhaça quem nela se vê envolvido e na sua prisão se vê acorrentado. Sem mordaças, nem amarras que circulam no mundo. Na casa. No corpo.
(...)


ESTILHAÇOS, no âmbito do Dia Internacional para Eliminação da Violência Contra a Mulher
24 e 25 de Novembro TAGV

Criação colectiva da Cooperativa Bonifrates
direcção, encenação e dramaturgia João Maria André


Vale a pena ver e parar para pensar sobre de que é feito o Homem.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Debaixo dos caracóis dos MEUS cabelos



Um dia a areia branca
Teus pés irão tocar
E vai molhar seus cabelos
A água azul do mar

Janelas e portas vão se abrir
Pra ver você chegar
E ao se sentir em casa
Sorrindo vai chorar

Debaixo dos caracóis dos seus cabelos
Uma história pra contar
De um mundo tão distante
Debaixo dos caracóis dos seus cabelos
Um soluço e a vontade
De ficar mais um instante

As luzes e o colorido
Que você vê agora
Nas ruas por onde anda
Na casa onde mora

Você olha tudo e nada
Lhe faz ficar contente
Você só deseja agora
Voltar pra sua gente

Debaixo dos caracóis dos seus cabelos
Uma história pra contar
De um mundo tão distante
Debaixo dos caracóis dos seus cabelos
Um soluço e a vontade
De ficar mais um instante

Você anda pela tarde
E o seu olhar tristonho
Deixa sangrar no peito
Uma saudade, um sonho

Um dia vou ver você
Chegando num sorriso
Pisando a areia branca
Que é seu paraíso

Debaixo dos caracóis dos seus cabelos
Uma história pra contar
De um mundo tão distante
Debaixo dos caracóis dos seus cabelos
Um soluço e a vontade
De ficar mais um instante

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Há dias em que o sol não sai à rua.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Vamos ver o copo meio cheio?

domingo, 18 de outubro de 2009

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Chuva

Hoje não quero música, aliás, não preciso dela. Tenho esta noite a melhor e mais natural banda sonora do mundo. A chuva, batendo na janela deste quarto, guia os meus pensamentos sem grandes esforços. É um som agradável e embalador. Confesso que não gosto deste tempo triste, cinzento, sem cor, mas a chuva a cair lá fora consegue , apesar de tudo, fazer-me sorrir por saber que entramos no tempo do chocolate quente a meio da tarde no sofá, do tempo do aconchego dos cobertores, do tempo do cheiro a terra molhada...gosto destas pequenas coisas que a chuva traz! Numa noite como esta, passeio pelas palavras ao ritmo de cada gota que cai, sem pressa de chegar ao meu destino, imaginando o dia de amanhã e recordando o de ontem...

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

missing those days.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Definição

O signo de Gémeos simboliza a expressão e a comunicação. O gemeniano é curioso, perspicaz e inventivo. É adaptável, porém inquieto e não tem muita persitência e concentração.
É uma pessoa sensível, conversadora e simpática. Precisa cultivar a persistência ou a sua inquietação vai dificultar a sua realização.
Gosta de socializar, de ler e de ter muitos afazeres. O seu talento é para a comunicação, viagens e intelectualidade. Classifica tudo, colecciona informações mesmo que não saiba o que fazer com elas.
Monotonia não é com ele: curioso quer saber e conhecer tudo.
Ágil, rápido, nervoso e animado. Pode até ser áspero e irónico.
Inseguro com emoções precisa de estímulos ou desinteressa-se. Odeia estar preso a horários. Aprende vendo e tirando as suas próprias conclusões.
Representa as comunicações, a inteligência, as investigações, a percepção, a verbalização e todos os tipos de comunicação (falada ou escrita).

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Assim começa o MEU blog.
Entro no meu quarto e apercebo-me que não é apenas meu...o cheiro, as imagens, a cama, os lençóis, os objectos, as palavras contidas naqueles pedaços de papel mais ou menos organizados nas paredes. Cada espaço, por mais pequeno que seja, significa muito pouco de mim, do individual que represento, mas muito mais de um conjunto, do plural que deixou de existir...
Descolo lentamente cada pedaço de nós para não causar estragos. Rasgá-los seria um rasgar de bons momentos, de alegrias, de amor, de amizade...Não, não os quero nem vou rasgar pois permanecem num lugar bem mais difícil, ou até mesmo impossível, de apagar, um lugar que ultrapassa as pequenas margens deste quarto...cada lugar desta cidade, cada café, cada rua, cada percurso, cada espaço no meu pensamento me levam à recordação de tudo o que passou...
Prossigo com esperança que o tempo ajude a apaziguar estas lembranças. Enquanto isso vou pensando na melhor forma de redecorar o meu quarto para, assim, desligar-me pouco a pouco do espaço que já foi nosso.