quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Quando o telefone toca

Uma tarde de Outono. Não parece! Este ano o Verão prolongou-se e mostra não querer adormecer.
A tarde era prevista de concentração, mas eis que o telefone toca. Do lado de lá incertezas, dúvidas, suspiros e frases curtas que se foram intercalando com longos momentos de pausa, de silêncio. Do lado de cá perguntas, palavras, conselhos e uma tentativa de que a calma reinasse. Tentativa falhada!
O que era tranquilidade transformou-se num acordar de incertezas, dúvidas e suspiros que também existiam do lado de cá...
Ser humano confuso, em busca da vida perfeita que nem ele sabe definir.
Caminho e procuro restabelecer os níveis de ansiedade. Vejo gente que se movimenta freneticamente. Nem parece Domingo! Procuro um espaço não tão agitado. Encontro. A correria dá lugar ao canto dos pássaros que ainda não se despediram do Verão, às poucas vozes da adolescência, aos carros que por aqui passam.
Consigo, finalmente, respirar fundo e aliviar a pressão. Sentir o ar que corre num final de tarde de Outubro, ver o sol que se esconde lentamente e que, hoje, permite que o olhem de frente mais nitidamente são os calmantes mais do que perfeitos para um Domingo em que um simples telefonema baralhou o corpo e a mente. Regresso a casa.

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